Vivências
A inspiração
O fato de ser uma criança sem muitos medos, não me deu
muitas alegrias. Uma criança precisa do medo para obedecer, era o que os
adultos da época falavam. As histórias infantis eram povoadas de bichos papões,
lobo mau e bruxas malvadas, todos perseguidores das crianças que não se
comportavam.
Já
adulta, mãe e psicóloga, no ambiente de trabalho, em um hospital, fui relembrada dessa característica infantil
por uma colega de profissão mais velha que eu: você é uma terapeuta muito
corajosa e isso é muito raro de se ver.
Experiências de
vida me trouxeram até aqui. Me formei psicóloga em 1986 pela Universidade de
Brasília. Na biografia da minha vida profissional momentos especiais me constituíram
convivendo com Richard Bucher e Claude
Olievenstein no CORDATO- centro de orientação
sobre drogas e atendimento a toxicômanos bem como nos 5 anos no HUB- Hospital
Universitário de Brasília_ UnB no CEAD- Centro de Atenção a Usuários de Drogas.
Ter tido a oportunidade de conviver
com esses mestres ainda na academia e depois te-los no início da vida
profissional, além , claro de todas as experiências institucionais governamentais
e não governamentais que acumulei ao longo dos meus 58 anos de existencia, me
inspira a revisitar esse passado e fazer o uso da palavra para soltar o tema que transborda: o uso de drogas e suas
repercussões psico- sócio- culturais
Sem medo,
com muito amor e prazer aqui estou entrando nesse círculo internáutico.
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