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Mostrando postagens de março, 2010

Recria tua vida, sempre e sempre......

Não te deixes destruir… Ajuntando novas pedras e construindo novos poemas. Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça. Faz de tua vida mesquinha um poema. E viverás no coração dos jovens e na memória das gerações que hão de vir. Esta fonte é para uso de todos os sedentos. Toma a tua parte. Vem a estas páginas e não entraves seu uso aos que têm sede. Cora Coralina

Sobre desejos e medos

Onde está o desejo do sujeito? Numa constante fuga do sentimento de angústia, sofrimento esse inerente à condição humana, o sujeito se perde e foge do seu desejo. Foge da sua meta e se perde no desejo do outro, nas expectativas sociais, nos imperativos que delimitam a existência forçando-os a serem participantes de uma espécie de palco da vida onde o que vale é a posse dos objetos e o que cada ser humano aparenta ser. Sim, vive-se o teatro das aparências, cada vez mais castrador das individualidades e da subjetividade do sujeiro. Verdadeiros fantoches que estão presos nas armadilhas da aparência e subjugados a ser o que o outro determina, massificados, engolidos, muitas vezes com medo de serem eles mesmos e com isso desagradar, chocar e assumir sua diferença. Faz-se necessário, para que possamos nos livrar das armadilhas dos imperativos que nos impedem de sermos o que verdadeiramente somos, suportar a angústia, não temê-la, ir até o fundo e vivenciá-la. Há aí que se defrontar com o...

O MEDO de Drummond

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A Antonio Candido "Porque há para todos nós um problema sério... Este problema é o do medo." (Antonio Candido, Plataforma de Uma Geração) Em verdade temos medo. Nascemos escuro. As existências são poucas: Carteiro, ditador, soldado. Nosso destino, incompleto. E fomos educados para o medo. Cheiramos flores de medo. Vestimos panos de medo. De medo, vermelhos rios vadeamos. Somos apenas uns homens e a natureza traiu-nos. Há as árvores, as fábricas, Doenças galopantes, fomes. Refugiamo-nos no amor, este célebre sentimento, e o amor faltou: chovia, ventava, fazia frio em São Paulo. Fazia frio em São Paulo... Nevava. O medo, com sua capa, nos dissimula e nos berça. Fiquei com medo de ti, meu companheiro moreno, De nós, de vós: e de ...